A origem da monogamia e sua implicação no tema da pudicitia
esboço de uma análise engelsiana
Resumo
O objetivo deste trabalho é explicitar a tese materialista de Friedrich Engels (1820-1895) em ‘A origem da família, da propriedade privada e do Estado: em conexão com as pesquisas de Lewis H. Morgan’ sobre a ‘monogamia’ enquanto produto histórico de uma organização social, formada gradativamente e entendida por ‘família’. Deste modo, constatar-se-á que, de acordo com essa perspectiva, a família instituída tal como amiúde é naturalizada de maneira acrítica, nem sempre foi homogênea nas diversas formas de sociedade que existiram, mas emerge consubstancialmente pelo desenvolvimento das forças produtivas ao longo do tempo e como uma comarca de dominação do poder patriarcal. Seguiremos a hipótese engelsiana a fim de compreender sob essa ótica a questão da pudicitia na Roma antiga, e, não menos importante, indicaremos um viés crítico a despeito dessa concepção em pauta.
Referências
DE BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo 1: fatos e mitos. 4ªed. Trad. Sergio Milliet. São Paulo: Difusão europeia do livro: 1970
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Boitempo, 2019.
LANGLANDS, Rebecca. Sexual morality in ancient Rome. Cambridge University Press, 2006.
LERNER, Gerda. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens ; tradução Luiza Sellera. – São Paulo: Cultrix, 2019.
LESSA, Sergio. Abaixo a família monogâmica! / Sergio Lessa. – 2. ed. – Maceió : Coletivo Veredas, 2022.
MARCASSA, Luciana. Friedrich Engels. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Revista de Educação, v. 9, n. 9, 2006.
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